digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
sábado, janeiro 31, 2009
Lindeza
Paciência
Brincadeiras de crianças.
- Eu gosto mais da montanha, da neve, porque está tudo branco e há um friozinho bom, fazem-se bonecos de neve e guerras de bolas.
- Pois eu gosto mais de brincar na Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo!
- Porquê? (uníssono)
- Porque há terrenos que desparecem dali e aparece um outlet.
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Nota: Pura magia.
A caminho de Andrómeda
- Já pensaste, a estrela mais próxima da Terra está dois milhões de anos-luz.
- Não me impressiona.
- Não te impressiona?! Já viste tanto tempo para lá chegar e nós que só conseguimos voar a sete ou oito vezes mais depressa do que a velocidade do som... Por que não te impressiona?
- Porque quem vai a pé não tem pressa.
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Nota: Já tenho viagem marcada, mas não é para já.
Define-te através da música - Corrente musical
É de bom tom lançar o desafio a mais bloggers, para que também eles postem a corrente... a coisa, se for seguida por todos, fica a modos que uma epidemia. Porém, não o vou fazer, porque as pessoas a quem quero lançar não tenho assim muita intimidade com elas... é que são poucos os meus amigos que dão nesta coisa dos blogues... e aqueles que dão já sei tudo acerca deles... topam? Por isso, os meus desafios seguem por email... se me derem tampa não passo uma vergonha das antigas. Compreendem, não compreendem?!
As questões são as seguintes:
1 - És homem ou mulher?
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2 - Descreve-te.
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3 - O que as pessoas pensam de ti?
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4 - Como descreves o teu último relacionamento?
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5 - Descreve o estado actual da tua relação.
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6 - Onde querias estar agora?
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7 - O que pensas a respeito do amor?
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8 - Como é a tua vida?
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9 - O que pedirias se pudesses cumprir um só desejo?
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10 - Uma palavra ou frase sábia.
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Cá vai:
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1 - És homem ou mulher?
Louis Armstrong e Dizzy Gillespie - Umbrella man
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2 - Descreve-te.
Maria Guinot - Silêncio e tanta gente
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3 - O que as pessoas pensam de ti?
Iran Costa - É o bicho
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4 - Como descreves o teu último relacionamento?
Sérgio Godinho - Bom prazer
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5 - Descreve o estado actual da tua relação.
Paul Simon & Art Garfunkle - The sound of silence
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6 - Onde querias estar agora?
Jorge Palma e Lena d'Água - Bairro do amor
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7 - O que pensas a respeito do amor?
Sérgio Godinho - Às vezes o amor
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8 - Como é a tua vida?
Joy Division - Isolation
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9 - O que pedirias se pudesses cumprir um só desejo?
Brotherhood of Man - Save your kisses for me
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10 - Uma palavra ou frase sábia
Sérgio Godinho - Os amigos do Gaspar
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Nota 1: Estou medicado e não mordo.
Sexo bísaro
Cuidado com o que dizes
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Complete a seguinte frase do pensamento socrático
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a) Mas não posso dizer.
b) Mas que não podem (ainda) provar.
c) Mas que só direi nas minhas memórias póstumas contarei.
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Remate 1: «Só sei que nada sei» - Sócrates citado por Platão.
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Remate 2: «Uma vida não suscetível de exame não vale a pena ser vivida» - Sócrates citado por Platão.
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Nota 1: O autor do blogue assume não ter provas do que quer que seja. As afirmações são meras suposições, baseadas em dados veiculados pela comunicação social. Assim, as suas afirmações podem carecer de verdade, sendo por isso erradas, infundadas e injustas... ou não.
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Nota 2: Qualquer semelhança entre os dois Sócrates é mera coincidência.
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Nota 3: O autor do blogue só foi uma vez ao Freeport, o outlet de Alcochete. Dali levou, pagando, é claro, um fato, cinzento escuro de meia estação, e quatro calças de sarja, duas azuis, umas pretas e outras cinzentas. Ah! E duas gravatas, lindas. Uma laranja, como o PSD, e outra vermelha, como a bandeira do PS... essa coisa do rosa é demasiado amaricada.
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Nota 4: Este quadro designa-se «A morte de Sócrates».
Malvados... Maldosos...
- Mas aqui não é proibido?
- Para mim não é.
- Como assim?
- Sou primo do ministro.
- Mas não há leis? Não são iguais para todos?
- Sim, claro, mas tudo se resolve.
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- Primo, ‘tás bom?
- Tudo fixe. E contigo?
- Também. Olha, precisava dum favor teu.
- Se puder ajudar…
- Quero construir uma casa ali em Coentros de Baixo.
- Mas aí é proibido. Terras da reserva nacional.
- Não podes dar um jeitinho?
- Claro que posso… Deixa-me ver… faço um despacho a dar ordem aos serviços para considerarem o teu terreno sem importância para a reserva nacional. Depois faço um decreto para que o espaço não seja considerado reserva nacional.
- Então, pode ser tudo legal?
- Claro. Comigo é tudo legal.
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- Então, sempre resolveste a situação com o teu primo?
- Sim. Tudo tratado. Não é para isso que serve a família?
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- Senhor assessor, olhe o que os malandros dos jornalistas andam a escrever sobre mim.
- É tudo mentira, não é?
- Completamente. Por quem me toma?!
- Temos de encontrar uma solução… mas o quê?
- Diga-me você, justifique o dinheiro que ganha.
- Já sei! Vamos falar em aproveitamento político por parte da oposição… que há uma campanha negra, por parte de forças ocultas, contra si… realçamos que há eleições este ano e que a oposição está a aproveitar-se da situação.
- Isso… isso… Mas, os gajos até têm estado calmos… muito decentes comigo.
- Não importa! A culpa é sempre da oposição… e como há eleições este ano, eles vão passar por interesseirões, que se aproveitam dum simples e legal acto de gestão ministerial para fazerem um banzé, sobre coisas que não existem.
- Deixe-se estar descansado… como está tudo legal, não há nada a temer.
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- Estás a ver esta bronca?
- Fogo!
- Lembras-te como isto começou?
- Fui eu que preparei a parte legal.
- O ministro pediu-te isso directamente ou foi o chefe de gabinete?
- O ministro. Disse-me que era urgente, importante e que teria de ser discreto, porque havia pessoas muito sensíveis… pediu-me para esquecer o Dr. Santos.
- Lembras-te quando foi?
- Completamente. Foi uma semana antes das eleições.
- Que bela memória!... Mas nessa altura o Governo só podia proceder a meros actos de gestão… além do mais porque foi o próprio primeiro-ministro a demitir-se.
- Sabes como é… um decretozinho aqui, um despachozito ali, nunca fizeram mal a ninguém. Além de que o assunto era importante. Não se podia deixar para o Governo seguinte, porque podia de ser da oposição, e foi, esses malandros... depois podiam não aprovar a alteração que o senhor ministro queria fazer ali em Coentros.
- Era importante? Então?
- Estratégico. Construíram lá uma casa, bem grande… empregou aí umas vinte pessoas durante seis meses.
- É relevante.
- A casa está linda, com aquela bela paisagem toda à volta.
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- Senhor assessor… o que faço agora?
- Tem a certeza que foi tudo legal?
- Bem… sim…
- Mas o dono da obra não é seu primo?
- Não me diga que também está alinhado com os que me querem ferir a honra… jornalistas, magistrados e outros…
- Claro que não!
- Vamos dizer que está inocente, uma vez mais… que não tem razões para se demitir e que está disposto a colaborar com a justiça…
- Mas tenho de abdicar da minha imunidade?
- Claro que não. É só para dar aquela pala…
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- O ministro, teu primo, está num grande aperto por tua causa…
- Pois… não deixo de pensar nisso…
- Daquela vez, chegaste a agradecer-lhe?
- Sim, mandei-lhe uma caixa de Barca Velha.
- Epá, vê lá se há registos disso… ainda te entalas e a ele também.
- Não há problema! Dei-as ao irmão, o outro meu primo.
- Ufa! Já estou mais descansado.
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Nota 1: Estas conversas privadas são pura ficção. A situação passa-se num distante país de brandos costumes. Qualquer semelhança com a realidade política portuguesa é mera coincidência.
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Nota 2: Não acham que um tio pedir ao sobrinho ministro um favorzinho para se reunir com uns empresários, que querem construir alarvemente numa Zona de Protecção Especial, é grave o suficiente? É o chamado senhor Cunha…
Língua - Conversa improvável ou verdadeira entre duas mulheres
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Já foste
É sempre a mesma conversa
- Gostas de mim?
- Gosto. E tu gostas?
- De mim?
- Parvo! De mim...
- Claro que gosto.
- Por que gostas de mim?
- Porque és querido e divertido...
- Sou?
- És. Fazes-me rir.
- Sou um palhaço?
- És um palhacito.
- Palhacito? Isso é pior do que palhaço.
- Não é nada. Palhacito é giro, é «quido».
- Pensava que gostavas de mim por ser giro, pelo meu corpo e intelecto.
- Não sejas parvo. Não tem nada a ver.
- Obrigadinho.
- Nunca me escreveste um poema...
- Pois não. Tenho de tratar disso.
- Ah... assim não quero. Tive de ser eu a pedir.
- E se eu quiser dar?
- Oh!
- E se te cantasse uma canção?
- (sorriso embevecido)
- É cheia de poesia. Chama-se mesmo poesia... fala de amor e de prazer.
- Então canta lá. Quero ouvir.
- Cá vai...
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Nota: Agora é só ver o vídeo para ouvir a canção que ele lhe cantou.
O tamanho dos beijinhos
Nota: Uma amiga respondeu-me enviando «um mini beijinho grande». Fiquei derretido.
quarta-feira, janeiro 28, 2009
Ao que isto chegou
- Parece-me que sim.
- Então?!... Olha lá, por que estás a ler o jornal?
- Para estar informado.
- Humm... não te bastava ver as notícias na televisão ou ouvir a rádio?
- Bem... não...
- Porquê? Não reparaste que a televisão e a rádio dão as mesmas notícias? E mais actualizadas...
- Mas os jornais devem explicar melhor.
- Então, por que não explicam?
- Talvez porque não saibam nem possam...
- Mas é suposto. Se as notícias são da véspera e vêm pouco ou nada explicadas, para que compras o jornal?
- Porque gosto! Pronto! Ajuda a queimar o tempo e a sujar os dedos.
Nota: Em 1992 havia cerca de 3.000 jornalistas. Actualmente são mais de 8.000, resultado do enorme débito de licenciados em cursos de jornalismo, comunicação e afins, e que, nem o aumento do número de meios de informação consegue absorver.
domingo, janeiro 25, 2009
Gosto tanto da comida
sexta-feira, janeiro 23, 2009
Contra a intolerância islâmica
Ou seja, andaram gerações na Europa, em particular, e nos estados do Ocidente, a lutar pela igualdade de direitos entre os sexos, pela tolerância religiosa, pela liberdade de pensamento e pela democracia, para agora terem de admitir e respeitar as fragmentações de comunidades islâmicas, que para aqui e lá imigraram, e calar as nossas santas boquinhas para não os melindrar. É só mesmo isto que nos faltava! Uma coisa é a liberdade e o respeito por outras culturas e religiões, e outra é o silenciar e amochar para não afectar os sensíveis temperamentos dos intolerantes.
Dizem alguns cívicos que devemos, no Ocidente, respeitar a cultura islâmica. De acordo! Mas devemos permitir que as mulheres muçulmanas sejam rebaixadas e humilhadas pelas burcas nas nossas cidades? O mesmo se coloca em relação ao lenço islâmico que rebaixa quem o usa. É meio caminho andado para nos exigirem leis de excepção, só para as comunidades muçulmanas, para que possam aplicar a sua justiça castigadora, nomeadamente sobre as mulheres. Depois dessa cedência virá a necessidade de aplicar tais leis a todos. Aqui, no tolerante Ocidente contemporâneo.
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- Só há um Deus e Maomé é o seu profeta.
Todos os outros estão excluídos! Isto não é intolerância?
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- Bate todos os dias na tua mulher. Se não souberes a razão, ela saberá.
Se no Ocidente existem tantos casos de violência doméstica contra mulheres, facto que é, e bem, criticado por todas as pessoas decentes, o que não será nos países islâmicos, onde as mulheres estão num claro patamar inferior?!
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Já alguém reparou que os extremismos religiosos da actualidade vêm só os Islão? O problema do Islão não é a fé. Não será a doutrina religiosa. Mas a intolerância dos homens, dos que chefiam a fé e dos que a seguem. Homens que mandam, põem e dispõem, e que se concentram em grande número em alguns locais do planeta, professando uma mesma religião. Gostaria de ver os islâmicos moderados a insurgirem-se publicamente, e de forma notória, contra dirigentes políticos e religiosos do Islão. Nos seus países e no Ocidente. Seria uma postura de decência e de distanciamento.
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Nota: O autor do blogue apoia as declarações do cardeal patriarca de Lisboa e do primeiro-ministro australiano. O autor do blogue confessa que não é australiano. O autor do blogue confessa que não é católico e reconhece que existem muitos muçulmanos tolerantes e que não se conhecem fenómenos extremos destas comunidades em Portugal, apesar de casos episódicos de mulheres trajando burcas.
Resposta da Manel a esta posta: ler aqui.
quinta-feira, janeiro 22, 2009
Cona, buceta, rata, gatinha e outras coisas que querem dizer vagina
Nota: Este texto foi escrito de enxurrada e directamente da cabeça aos dedos. Não o revi, pelo que, se encontrarem asneiras ou se tiverem protestos, escrevam para o endereço de email, deixem uma mensagem ou queixem-se ao provedor.
Satisfação de clientes e internautas em geral
Nota: Há coisas incríveis, não há?!
quarta-feira, janeiro 21, 2009
Ler o jornal
- Não tens nada para fazer?
- Não...
- Não tens trabalho?
- Não.
- Já pediste ao chefe?
- Já...
- Por que não lês o jornal?
- Porque não o comprei.
- Então, podias começar a pensar em comprá-lo, não?!
- Para quê? Não tenho mesa para o ler...
- Tens essa...
- Tenho, mas é pequena.
- Não serve?
- Não, é pequena. Não dá para estender o jornal.
- Tens de arranjar uma maior. Sempre te ocupava o tempo.
- Não tenho dinheiro para comprar uma mesa maior.
- Por que não procuras um emprego que te pague melhor?
- E procuro onde? Na rua?
- Não. No jornal, claro. Os jornais têm anúncios de emprego.
- Bem sei. Mas, e onde o lia? Não tenho mesa para o estender.
Coisas de gaja com um gajo
- Queres ir tomar um cafezinho um destes dias?
- Queres mesmo que te responda? Desaparece.
Desapareci e ela ficou zangada. Julgo que o mal que lhe fiz foi ter sido seu namorado.
Convidei-a para voltar a tomar café:
- Havemos de repetir, voltar a tomar um cafezinho...
- Não dá! Tenho namorado.
- E então, que tem isso? Não te pedi namoro.
- Já te disse, tenho namorado.
Desapareci. Fiquei a achar que o namorado a seguia e lhe batia.
Convidou-me para tomar café:
- Queres vir tomar café?
- Não dá. Ando muito ocupado. Sempre a ir para fora em reportagem. Saio cedo e volto tarde.
- Então, e no fim-de-semana?
- Epá. No sábado tenho compromissos religiosos, depois costumo ir sempre jantar com um grupo de amigos. O domingo é mesmo para descansar e recuperar da véspera.
- Então, se não queres, não queiras. Nunca mais te convido. Depois não te queixes.
Safei-me da melga. Nunca mais me falou. Fiquei agradecido.
Eram seis e meia da manhã
terça-feira, janeiro 20, 2009
A intimidade - Manifesto pessoal e algumas loucuras e inconfidências cirurgicamente reveladas - A entrevista improvável - Abaixo de cão
Os direitos de ter voz e dor
sábado, janeiro 17, 2009
Ai a minha cabeça
La la la la la la (a subir), depois a descer
sexta-feira, janeiro 16, 2009
A preto e branco
Negro? Porquê? Que saiba a mãe é branca. Isso não faz dele branco? Por que quando há um casal misto os filhos são sempre pretos? Um mulato é preto. O filho de mulato com branco é preto. Isto embora sejam conhecidos inúmeros casos de mestiços que são incomparavelmente mais brancos que muitos portugueses caucasianos.
Bem sei do significado histórico, cultural e social da eleição dum cidadão preto (branco) para presidente dos Estados Unidos. Não sou ingénuo nem ignorante até tão longe. Há menos de meio século assassinou-se o sonhador duma América sem racismo e ainda nos tempos actuais existe uma organização abjecta como o Ku Klux Klan. Porém, alinhar na questão do preto e do branco tem sempre por base algo de racismo. É uma pessoa, um cidadão e isso basta para definir.
Esta coisa dos meios qualquer coisa lembra-me o Terceiro Reich e a sua política de perseguição racista e religiosa. Durante o nazismo, a sociedade não se dividia apenas entre arianos, judeus e ciganos. Havia uma hierarquia de sangue, que estabelecia níveis com base na proximidade de antepassado ou número de parentes com sangue judeu, eram os mischling. Alguém que tivesse um quinto avô judeu era judeu, um mischling. Adolf Hitler, um vegetariano excêntrico e a antítese do gastrónomo, recorreu a uma nutricionista para lhe variar e equilibrar a dieta. A senhora, da mais fina nobreza austríaca, esteve em funções até se lhe conhecer um quarto ou quinto avô judeu. Esta questão da percentagem do sangue tem, exactamente, o mesmo princípio da atribuição da classificação de preto a alguém que não o é apenas.
Os norte-americanos criaram um termo que me irrita, que é o afro-americano. O que é um afro-americano? Um cidadão preto que tem no seu trisavô um africano? Mas se os seus parentes mais próximos nasceram todos na América… E depois, afro? Então os magrebinos, caucasianos como um sueco, não são afro? Então não há brancos em África? Então o sul-africano descendente dum holandês, loiro ou ruivo, não é africano? Mas na América seria afro-americano?
Depois também há os remorsos e ressentimentos. O que até é natural. A questão traduz-se de diversas formas e, como é também compreensível, de formas erradas ou desconformes. Uma que oiço com alguma frequência é a de que não se deve chamar mulato a alguém que tem um dos progenitores negro e outro branco, porque, dizem, o termo é sinónimo de filho de mula. Um disparate! Os árabes estiveram séculos em Portugal e deixaram aos portugueses sangue e palavras. Uma delas deu mulato. O vocábulo deriva de muallad, e que se aplicava aos filhos de árabe com negra. Já mula vem do latim, deriva de, exactamente, mula.
O racismo nasce da ignorância e da reacção ao diferente. É primário. O racismo torna-se tantas vezes inconsciente. Muito boa gente, que até nem será racista, embarca em situações de discriminação. Quem nunca ouviu algo semelhante a «Está ali fora um senhor de cor que lhe quer falar». O que a palavra cor acrescenta? Já ninguém diria que «está ali um senhor gordo» ou uma «senhora feia», porque poderiam ouvir e levar a mal. Ninguém diz «está ali um senhor branco para ser atendido».
Um mito que me lembro de ouvir repetido é de que Portugal não é um país racista. Não o foi e será como outros países ou, pelo menos, tão violento e ostensivo, mas é. É frequente ouvir-se um responsável dizer que dois fulanos negros assaltaram uma bomba de gasolina, dois indivíduos de etnia cigana forçaram a entrada ou crime foi realizado por dois ucranianos ou brasileiros. Estas coisas são depois acriticamente repetidas por jornalistas e que passam para o dia-dia do cidadão comum. O que importa a raça, etnia ou nacionalidade para o caso? É atenuante ou agravante para a situação? Se fosse branco o criminoso tinha sido mais ou menos violento, mais ou menos frio e sinistro? Mas, é óbvio, que a discriminação pretende melhor identificar, mas mistura os maus com os bons e o resultado que se obtém é distorcido e desvantajoso para todos os outros da mesma raça, etnia e nacionalidade. Isto para o mal, porque para o bem não se passa assim. Ninguém refere que o presidente da Zon é indiano ou que a empresária Isabel dos Santos, a filha do presidente José Eduardo dos Santos de Angola, é preta.
Deixo o texto com a referência inicial, o novo presidente dos Estados Unidos. Que o mandato de Barack Obama seja metade (ouxalá mais) de bom do que a promessa e esperança.
Nota: Para terminar com humor, vai uma anedota racista. Diz alguém: «Eu não sou racista, só não gosto de alemães. Disseram que iam acabar com os judeus e os ciganos e fizeram um trabalho de preto». Vá lá, não sejamos fundamentalistas… o humor é um sinal de inteligência.
Morangos com Açúcar - série infinita
Não quero nada mais da vida do que muitos e sempre novos episódios dos Morangos com Açúcar. Sem me mexer, sem pensar e com miúdos bem parecidos e miúdas de sonhar, que dão gosto ver, todos arranjadinhos. Afinal o que importa a estória ser sempre a mesma? Os belos são sempre diferentes.
Nota: O que importa o talento (quase sempre muito pouco)? Não importa se ninguém lhes conhece os nomes se nos lembramos dos rostos... Benedita Pereira, Patrícia Candoso, Sofia Arruda (que na altura era crime), Cláudia Vieira, Rita Pereira, Joana Duarte, Diana Chaves, Jéssica Athaide, Dânia Neto, Cristiana Milhão, Marta Faial, Mariana Monteiro, Mariza Pérez (esta então?!!!), Diana Nicolau, Filipa (Pipa) Barbosa, Inês Aleluia, Laura Galvão... além de Dalila Carmo, Carla Salgueiro, Patrícia Tavares, Sofia Grillo, Paula Neves, Sandra Cóias, Andreia Dinis, Bárbara Norton de Matos e, sei lá... devo ter-me esquecido de mais umas tantas...
Nota 2: As boys band e girls band da série é que são mesmo para deitar para o lixo. Mas para o especial, pois são tóxicas.
Paisagem
Nota: Se calhar a frase não é feliz, mas é que este quadro lembra-me uma imagem através de vidro martelado. Parabéns a quem percebeu à primeira. Não sei se perceberia.
quinta-feira, janeiro 15, 2009
Público pedido de desculpas aos leitores e amigos - Eu todo nu
Nota: Sou tóxico, mas não é por mal.
Em nome do belo - Suave apologia da pornografia - O que aqui já faltava - Passei-me
Nota: Não me parece de bom tom não dizer o nome da modelo. Chama-se Katie Fey, adoro vê-la nua e consta que é ucraniana. Peço desculpa aos apreciadores de loiras e das ruivas, mas prefiro morenas e esta dá-me volta à cabeça. Porém, se voltar algum dia ao assunto, se tiver um tema parecido ou apropriado ou, simplesmente, se me voltar a passar da cabeça meto uma foto de ruiva ou loira. Para as miúdas, lamento, mas gajos não me atraem mesmo nada, guardem isso para os vossos blogues.