digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

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sábado, junho 09, 2007

Sou, tenho e devia

Tenho sempre nuvens no Sol. A minha vida está demasiado arrumada para que a viva feliz. Preciso de ouvir mais vezes os conselhos dos gatos. A natureza é sábia e eu muito prosaico: só sei aquilo que me ensinam os livros certos e desprezo os errados. Corro muitos riscos ao não correr risco nenhum. Tento fazer tudo como deve de ser, o que é o primeiro passo para não o fazer. Devia aprender malabarismos, a cuspir fogo, a não temer andar descalço. Sou, tenho e devia.