
Estou fechado e de cá de cima mostro-me onde ninguém me alcança. Salto se quiser e ninguém me pode segurar. Voo livre, sou uma linha vertical que ama a parede e beija as janelas. Sou tudo isso, se quiser, porque posso. A janela é montra e eu sou o meu troféu.
Faz um ano se fôr à média de um por dia e queria que cada texto fosse um prazer e uma luz. Faz um ano à média de um por dia e não me revelando, revelo-me todos os dias. Faz um ano à média de um por dia e estou escondido a escrever à janela, à vista de todos, num trigésimo sexagésimo quinto andar. Não estou nu, finjo estar. Faria um ano se fosse à média de um por dia.