O teu ar doce é frágil e força. Olhos de choro e boca de
beicinho. Quando te dou a mão, entregas-me o corpo. Se te sorrio, beijas-me. Se
te dou o corpo, seduzes-me, numa guerra relâmpago, sem tréguas com beijos
prisioneiros. Num encaixe de macho e fêmea, os lábios e as águas. Abraços de mais
de dez metros de fundura. Todo o amor, toda a ternura.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
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terça-feira, janeiro 31, 2012
sábado, setembro 10, 2011
Dizer-te o quê?
Dizer-te o quê? Que me ouvirás, com esses lábios vermelhos? Toda
a beleza recatada atrás duma pintura, que mais não faz do que sugerir a beleza
que lá está.
.
Sim, a curva do pescoço. Sim, os olhos revirando-se. Sim, a
sabida pose inocente. A indecorosa postura que convida à alcova.
.
Qual fragilidade, quando tem o mundo? Que importa o corpo,
quando é mais forte a alma?
.
Joguete ajoelhado. Dizer-te o quê? Desarmado pelo desamor…
desarmado pelo amor… desarmado nessa luta contigo, em que a frágil sensualidade
é mais forte que a força viril.
.
Dizer-te o quê? Desarmado por esses lábios vermelhos,
armadilha de delícias.
.
Esses lábios sugerem beleza e, na verdade, timidamente
descarados, disfarçam-na. Caio sempre… criado de mim mesmo, servo de minha
senhora e escravo do amor. Dizer-te o quê?
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