A rua é onde as intimidades se ocultam e as personalidades
se misturam. A rua é castanha e tem barulho. Até na calada há eco de passos e
se nada se passa, então a rua não existe. A rua não é uma praça, onde as vozes
se unem e se fazem multidões. As praças são os olhos das cidades, mas as ruas
são as mãos. Há ruas tristes, dos bairros sossegados. Há ruas luminosas, que
têm vistas. Há ruas feias, de gente feia. Há ruas lindas, de lojas lindas. Há ruas
falsas, de gente perigosa. Há ruas de e para tudo. E gente de toda a espécie em
todas as ruas, como nas praças. Agora que deixo a minha fica-me um amargor por
amar e a incerteza dos amores novos. Como em pequenino, tenho medo do escuro.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
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segunda-feira, novembro 05, 2012
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