digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

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quinta-feira, novembro 07, 2013

Concerto

Apresenta-me esse sono que cai como morte se a morte existisse. Que um sonho desentedie a noite e acorde aliviado.
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Apresenta-me uma memória, lembra-me um sentimento. Um concerto, um charro, uma noite, uma bebedeira, um momento tine.
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No relvado a dançar. No relvado deitado. No concerto a curtir. A namorada e um cigarro, e não fumando. Ah, o charro...
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Deitado sob as estrelas diluídas pela cidade. Deitado encaixado na namorada. Ela fumando e ouvendo o concerto e eu ouvindo e vendo-a, apaixonado e com uma tesão descarada, suspensa pelo momento e sentimento pré-consciente da poesia e fragilidade do momento. Sim, sabia que me haveria sempre lembrar. Sim, sabia que me haveria de esquecer. Sim, sabia que um dia, muito mais velhos, numa conversa tranquila, despida de nostalgia, me haverias de lembrar.
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Onde foi pouco importa.
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É uma memória rescrita, não inventada. Um tapete de momentos e virgindades. Foi tudo há muito tempo e no muito tempo cabe muita gente e no muito tempo cabem muitos eus e muitas noites e dias, dos alvoreceres às madrugadas.
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Pode ter sido num lado qualquer contigo, sejas tu quem fores.
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Sejas tu quem fores, amei-te. Com a brevidade e intenção dos zetários. Tanta borbulha na alma e por dentro da cabeça. Tanta certeza de tanta ignorância.
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Ainda hoje me apaixono. Infelizmente, a virgindade passou e quase nada deslumbra.
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Os teus olhos castanhos, escuros pela noite, brilhavam e tinhas a boca tranquila. Estavas a ouver o concerto e eu estava apenas contigo e queria beijar-te, para perceber que não gostava do sabor dos cigarros.
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Nesse tempo difícil, o da borbulha, estavas lá. De lá ninguém te tira. Nem da memória que não me lembrava e que me recordaste.
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Sejas tu quem fores, quando penso para trás percebo por que amava. Se penso, era capaz de te amar outra vez, quisesse Deus que me renascessem borbulhas no pensamento.
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sábado, fevereiro 14, 2009

Eu e as miúdas


Ter muito é quase como não ter nada... e nunca se tem ninguém. Se agora me desviam do destino, mais à frente me encontrarei. Os imortais só estão sozinhos às vezes. Há muitas vidas para encontrar o grande amor.
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Nota: O autor deste blogue assume que não mantém de momento qualquer relacionamento íntimo. Garante ainda nunca celebrou o dia de São Valentim, nem mesmo quando se encontrou enamorado e comprometido. Assume que tem o coração e a alma fechadas para balanço. Contudo, continua a aceitar candidaturas que, mais tarde, serão todas analisadas. Assim, as mocinhas podem mandar currículos.