digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

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domingo, junho 24, 2007

Mulher fumando

A mulher à minha esquerda é canhota. Esse facto torna-a quase genial. Parece quase uma miúda, mas é uma mulher. Ri porque não terá razões para chorar, mas fica um silêncio depois de o fazer. Julgava que não fumava: afinal é uma miúda!

quarta-feira, junho 06, 2007

A cozinha

Dá-me sempre a pressa depois do amor, como tocassem à campaínha e fosse uma carta urgente que não pudesse esperar e abalasse em breve. Fica comigo o teu cheiro forte, depois do amor, como perdura na boca o aroma das bolachas maria e do leite a seguir ao lanche. A cozinha será sempre um local de correria: para a porta, na ânsia higiénica pós-coito, na confusão seguinte à refeição e na insignificância inútil de todos os outros momentos. Também se faz amor na cozinha... faz-se a correr.

Nota: Sim, bem sei que a personagem desta pintura digital não está numa cozinha, mas dirige-se para lá.