digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

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quarta-feira, março 18, 2015

Azul-Lisboa

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Disse Lisboa e depois mostrou. Quase concordo, o azul de Lisboa é impossível. O resto está lá todo, o resto não está lá.

domingo, abril 05, 2009

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Aos amores findos




















Vou tirar as chaves da porta para que possas entrar. Finjo não ficar de vigília, para que quando chegares - se chegares - possa surpreender-me com os passos ou até, se tiver sorte, sobressaltar-me com um beijo.
Mas tu não vens. Há há meio de chegares. E a escuridão voluntária da casa torna-se numa prisão. Até onde se resiste? A luz não acontece. A cama não chega.
Sentado, desiludido, por fim. A luz resignadamente acesa. A ansiedade ainda beija a esperança. Até à hora da adiada desistência.
Não vens. Vou pôr as chaves na porta para poderes sair.

sexta-feira, julho 06, 2007

Rio

Não volto a sair de casa com uma camisa às riscas. O azul aquece e os olhos encandeiam-se com o batimento paralelo das linhas.
É Julho e no Martim Moniz brinca-se com a água. Houvesse decência e alguma dela molhar-me-ia. Até por compaixão. está calor. O colorido mesclado da praça é uma algazarra. Dá-me pena haver motores diesel. E a água que não me chega.
No terraço do hotel não se estaria mal. Não estaria, digo eu que ando cá por baixo encalorado. Não estaria se não perspectivasse o gin tónico na esplanada frente ao rio. Malditas riscas... fazem-me calor. E o rio que não chega. O rio não vem.
O rio está onde quis ir e onde o deixam estar. talvez cinco centenas de metros aqui e três dúzias de quilómetros lá em cima. As margens apertam-no como um colete. Ele é todo azul, sem riscas. É fresco.