Estou apaixonado, sem perder tempo a amar. A paixão passa. O amor também.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Namoros defuntos
- Acabou.
- O que é que acabou?
- O nosso namoro.
- Porquê?
- Porque chegou ao fim. Não te quero mais.
- Mas ainda temos a vida toda pela frente.
- Encontraremos outras pessoas.
- Mas tínhamo-nos prometido para a vida...
- Será noutra vida.
- Tens a certeza?
- Tenho.
- Então, por que nos adiamos?
.
.
.
- Não te quero ver mais.
- Que mal te fiz?
- Não quero isto para mim.
- Mas éramos loucos um pelo outro.
- Tudo chega ao fim.
- Ainda agora começou.
- Chegou ao fim.
- Pensava que era um grande amor...
- Não sou pessoa de grandes amores. Na vida terei muitos pequenos amores.
.
.
.
- Acabou.
- O que é que acabou?
- Tudo entre nós.
- Porquê?
- Apareceu outra pessoa.
- Tens a certeza? Não queres dar-nos um tempo?
- Não sei.
- Pensavas melhor, terias uma certeza.
- Acho que nunca terei uma certeza.
- Comigo sabes com o que contas. Com ele é tudo novidade, não sabes.
- É esse o meu dilema.
- Não te posso ajudar. Por mim dava um tempo para pensares melhor e decidires-te.
- Vamos fazer amor?
.
.
.
- Quero acabar o nosso namoro.
- Porquê?
- Já não te amo.
- Mas amavas tanto.
- Não amo mais.
- Está bem, vamos ser amigos.
- Claro.
.
.
.
- Quero acabar.
- Porquê?
- Estou farta de discussões.
- Mas só discutimos uma vez...
- Foi o bastante.