digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, março 16, 2013

Madrugada

Há uma madrugada no horizonte e cai-se na ressaca de música, julga-se. Está fresco, noutro dia seria frio. Se pudesse adiava o raiar e ficava imóvel, menos nos olhos, perante o mundo finito que a vista concede.
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Não é apocalipse é big bang. Mas não é nascimento, é uma sempre-morte.
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Sim, pode ser Lisboa. Lisboa e suas lágrimas, de noite e água chuvosa, de rio, de brilho lavado e de silêncio moribundo.
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Onde mais, perguntam-se afirmando: Onde mais?

sábado, março 02, 2013

Oz

O som do tempo. A luz mágica das terras invisíveis. O vento.
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Todas as palavras que definem cidade e todas as que dizem casa. Todas as palavras que dizem mistério e todas as de luz.
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Nesse sítio de Oz emerge como uma santa, em brilho, paz e música, a musa do doce olhar. Traz a tranquilidade do dia perfeito e a luz do arco-iris. Toda feita de zen e açúcar.
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Vem com cânticos gravados na alma, rejubilando quem a ouve. Espera resposta à sua promessa e a recompensa de abraço.
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O som do tempo. Dois anos menos uns minutos, quase. O relógio nunca se atrasa, por vezes perde-se. Encontram-se as palavras nos olhares e as almas nos abraços.
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No sítio de Oz é sempre amanhecer e a água é doce, fresca de nascente. Passarinhos a piar? Pode ser. Pode ser o que se quiser desde que em paz.
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Trovoada, só na queda livre. Uma mão amparará sempre, porque Deus está em Oz. E Oz fica onde se está de olhos no amor e a boca na boca.
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As falas de jura e enlevo podem ser nuvens claras ou lençóis estendidos no amor. O som do tempo, cantata de anjos.
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Sonha-se com a terra que se vive, uma qualquer paisagem. Zen em Oz, sempre com o amor amado.

Pecado

Sem pecado não há Paraíso.