digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

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quarta-feira, janeiro 17, 2007

A cadeira da cidade

O vento não me leva as pernas, pelo que continuo cansado de tanto andar. Poderia sentar-me numa pedra ou num parapeito, mas só as cadeiras me satisfazem.
A natureza não é para mim. Não gosto de bicharocos nem de ervas altas ou rasteiras. Não gosto de água ou vento ou céu. Só as vistas da cidade me completam.
Não gosto da chuva nem do vento, porque me despenteiam e desarrumam as esplanadas onde me sento. O vento não me leva as pernas e continuo cansado. Não me sento numa pedra nem num parapeito, nenhum deles tem vista para a cidade.