digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

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domingo, maio 21, 2017

Escadaria

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Sentado num degrau da imponente escadaria de mármore pensava na tristeza do fim do mundo. Se não se lhe sobreviver, a perda não tem preço nem desgosto.
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O mármore é mais rijo do que as minhas mãos, a acidez do coração-cabeça não o corrompem e escorregando caindo há a dor latejante-analgésico.
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Se não se pode morrer, viver não vale e o passamento é enfadonho como o autocarro para a escola.
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Partir tudo será a alegria e a ressaca de perder.
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Todavia o mármore é pedra e eu sou carne.

segunda-feira, março 16, 2015

Giralua

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És de olhar, e ainda não brilhando como o Sol, enamorado vou girassolando, recolhendo o tom do calor da pele. Quanta ciência precisarei para te descobrir e que tecnologia precisarei para te descobrir o peito… quase, mas nem pergunto.
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Girassolo-te – tonto e infantil – consolando-me num sonho de firmamento e espaçonave alunando-te. Saber e saborear a luz, a penumbra e a escuridão. Da mansidão à azáfama e da loucura ao descanso.

domingo, dezembro 21, 2008

Coincidências

Não são coincidências. Nem somos poucos. Andamos todos ligados e, nas voltas da vida, giramos à volta uns dos outros. Já nos conhecemos.

quinta-feira, abril 10, 2008

Chuva

Chove em Abril e a gente estranha. Ninguém estranha laranjas de Agosto. A gosto não há que chova.