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Sentado num degrau da imponente escadaria de mármore pensava
na tristeza do fim do mundo. Se não se lhe sobreviver, a perda não tem preço
nem desgosto.
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O mármore é mais rijo do que as minhas mãos, a acidez do
coração-cabeça não o corrompem e escorregando caindo há a dor latejante-analgésico.
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Se não se pode morrer, viver não vale e o passamento é
enfadonho como o autocarro para a escola.
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Partir tudo será a alegria e a ressaca de perder.
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Todavia o mármore é pedra e eu sou carne.
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