digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

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terça-feira, fevereiro 01, 2011

Pânico

O coração aos sustos e a cabeça florida de fúnebre. Sem vida nem descanso, entre mortes. O querer viver, às vezes, é um querer de morte. Não me recordo nem acordo. Alguma vez me terei perdido num jardim de buchos, fugindo e caçando risinhos de êxtase virginal de mocinhas. Não veio noite nem companhia, todas fugiram para onde não as oiço. Perdido e desistido, desesperado por viver ou morrer. Ficando entre mortes. Sempre o mesmo nome, que ninguém chama nem responderia. Os dedos frenéticos, como se desejassem um cigarro, fumável que a boca recusa. O coração aos sustos, desejoso que algo consuma o que está dentro da cabeça. Será que vale a pena? Será que vale a pena sem interrogação no final. Entre mortes.