
Os rios só sabem ir e eu gosto de ficar. Nem todos os rios que interessam estão nas mãos, porque há destinos sem dono.
Os mergulhos deste Verão não têm sabor. Pela frente há o mar, mas falta o brilho da esperança.
Já foste, faz tempo, mas vejo-te ainda o halo e um fantasma de sorriso a desvanecer-se sem nunca partir de vez.
Os minhas mãos não dizem para onde correm. Não vislumbro os teus rios junto a mim. Os meus vão para onde querem e os teus desviaram-se do mar.
Este Verão não tem sabor para ser mar e os meus rios secam-se esperando por ti.
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