digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

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terça-feira, dezembro 30, 2014

Queria ter a camisola coberta de pêlos

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As gatas ainda hoje não vieram pedir-me mimo. Gostam mais da lanzeira ao sol que engana o Inverno. Entedio-me embrulhado no lado frio da casa. Quendera ter coragem para ser a espera. É desafio que não se faça a gato, arriscando uma humilhação. Nem a cão, tudo dá, mais do que a si.

segunda-feira, agosto 25, 2014

Síntese sobre o cérebro

Charles Darwin e Sigmund Freud já tinham explicado... mas foi António Egas Moniz quem pôs as mãos na massa.
















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Nota: Sigmund Freud pintado por Andy Warhol, Charles Darwin pintado por John Collier, António Egas Moniz pintado por José Malhoa, «Brain» pintado por Peter Kogler.

sábado, julho 14, 2012

Por favor















Poupa-me à tua beleza, que os beijos que se me impulsam podem desfeiar-te. Ou então chega-te aqui, onde a proximidade não me deixa ver-te e os lábios não têm distância.

sexta-feira, julho 13, 2012

Vénus imaterial















Imagino-te com o peito de Eva e a boca de Vénus. O monte da Lua na mão direita bem desenhado e na esquerda invisível, escondido. Imagino uma dança oriental no leito de espertina e suor. Ventre quente e segredo profundo. O abraço da dádiva egoísta que recebe dando. A loucura como uma onda salgada. Prazer sem descanso e repouso inquieto do cansaço e do desejo. A boca da sabedoria de Vénus e o peito do pecado primeiro por cometer.

terça-feira, junho 22, 2010

Alemanha





















As luzes da Alemanha a chegar à velocidade possível dum bus. A Alemanha presente do ataque de fúria e auto-comiseração num apartamento de Essen. A Alemanha quase toda na torre mineira de Bochum. A Alemanha toda vista sob a catedral de Colónia. As saudades que tenho tuas são maiores do que todos os ciúmes que tivemos um do outro.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Aqui há gato, em Alcochete não

Se o outlet lá está é por um conjunto de coincidências, milagres e intervenções dos gatos, que são agentes de Deus. O resto é má língua!
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Deus não faz nada ao acaso. As leis de Deus não permitem as coincidências. Tudo tem uma razão. Porém, todas as regras têm uma excepção, até as divinas. Em Alcochete, uma fatia da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo foi desanexada e lá surgiu um enorme centro comercial... e onde antes, no projecto, havia construção excessiva encontrou-se uma volumentria e densidade perfeitamente aceitáveis, até porque a Zona de Protecção recuou na extacta dimensão e limites do necessário.
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Em Portugal tudo anda devagar... outras vezes devagarinho... e muita vezes vai-se parado. O tempo que as coisas se arrastam!... Ali para Alcochete, terra de fenómenos, um projecto encalhado, em burocracias e exigências ambientais, viu-se resolvido num ápice. Embora não acredite em milagres, porque acho que todos os fenómenos têm explicação racional, neste caso só encontro inspiração milagrosa.
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A quem pensa que aqui há gato, só posso afirmar que há muita gente (ou não) que acredita que os gatos são divinos e, por isso, perfeitos. São os devotos kreonitas.
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Em Alcochete não há gato com o rabo de fora. Não é pelo estuário do Tejo que o gato vai às filhoses. Estas situações não cheiram a esturro... têm antes o aroma da maresia. Nada é por acaso, embora não saiba porquê, se um outlet ali está é porque assim é preciso.
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Nota 1: Se tenho alguma coisa a provar? Só provo vinho e, ainda assim, não é todos os dias.
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Nota 2: Parece que as grandes obras de construção se designam, na gíria, de obras de arte. E se o outlet é bom, a decisão de instalação é bonita. É o bom e o bonito... se assim é, ninguém tem nada a temer. Tudo vai acabar bem, na velocidade vagarosa da investigação e da justiça, até ao arquivamento final. Quem espera sempre alcança e povo tudo esquece e perdoa.
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Nota 3: Os kreonitas acreditam que os gatos vêm do planeta Kreon e estão na Terra para ajudar a humanidade a evoluir.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Ignoro

Não tenho o mapa-mundo nas mãos, não conheço a maioria dos lugares do meu país, ignoro nomes e traçados de ruas de Lisboa e tampouco reconheço a planta de casa. Resto-me no meu quarto, à espera que um dia me resolva e concretize as coisas que tenho na cabeça. Para mim será como, para os outros, ter lápis de cor para pintar o arco-iris.

Nota: Não se trata duma pintura de Andy Warhol, mas por uma questão de arquivamento vai classificada desta forma.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

segunda-feira, novembro 12, 2007

Ide-vos

Se me dói é porque devo. Porque tenho. Tenho os pés pesados e cabeça também. Não acredito que possa partilhar os segredos íntimos nem dançar feliz como antes. Fico a ver e não acredito. Não acredito no que sou nem que os outros se possam divertir quanto eu em tempos. Se me fazem doer é porque mereço e deixo. Afinal, não é por se amar anjos que a bondade se estende os gestos.
Um dia destes começo à bofetada e só paro em Cacilhas. Pelas ruas com passos apressados e a mão decidida a estranhar todos. Assim talvez me contente. A dor começa onde começo. Se me dói é porque devo.
Os dias não são um pesadelo. O pesadelo é a vida. Já não levanto os pés, porque os tenho pesados. A cabeça não tem vista sobre a ribeira da cidade e eu, de corpo todo, não vou ao castelo.
O horizonte não é o meu limite. Fico-me por Cacilhas. À bofetada até Cacilhas. Nem mais um dia. Nem mais um dia para ser feliz. Agora fico só por estar em casa e por saber que os telhados são, genericamente, vermelhos. Há a música. Há a colecção de arte e a garrafeira.
Se me dói é porque devo. Mas há a música, a colecção de arte e a garrafeira. Fico a ver os outros divertirem-se. Não acredito que possam ser felizes como o fui. Não é por amar os anjos que o gesto têm bondade. Se me dói é porque mereço. Já só tenho a música, a arte e a colecção de arte.
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