digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, julho 13, 2012

Vénus imaterial















Imagino-te com o peito de Eva e a boca de Vénus. O monte da Lua na mão direita bem desenhado e na esquerda invisível, escondido. Imagino uma dança oriental no leito de espertina e suor. Ventre quente e segredo profundo. O abraço da dádiva egoísta que recebe dando. A loucura como uma onda salgada. Prazer sem descanso e repouso inquieto do cansaço e do desejo. A boca da sabedoria de Vénus e o peito do pecado primeiro por cometer.

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