digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, março 16, 2013

Madrugada

Há uma madrugada no horizonte e cai-se na ressaca de música, julga-se. Está fresco, noutro dia seria frio. Se pudesse adiava o raiar e ficava imóvel, menos nos olhos, perante o mundo finito que a vista concede.
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Não é apocalipse é big bang. Mas não é nascimento, é uma sempre-morte.
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Sim, pode ser Lisboa. Lisboa e suas lágrimas, de noite e água chuvosa, de rio, de brilho lavado e de silêncio moribundo.
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Onde mais, perguntam-se afirmando: Onde mais?

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