- Estás a ler o jornal?
- O que te parece?
- Parece-me que sim.
- Então?!... Olha lá, por que estás a ler o jornal?
- Para estar informado.
- Humm... não te bastava ver as notícias na televisão ou ouvir a rádio?
- Bem... não...
- Porquê? Não reparaste que a televisão e a rádio dão as mesmas notícias? E mais actualizadas...
- Mas os jornais devem explicar melhor.
- Então, por que não explicam?
- Talvez porque não saibam nem possam...
- Mas é suposto.
- O que te parece?
- Parece-me que sim.
- Então?!... Olha lá, por que estás a ler o jornal?
- Para estar informado.
- Humm... não te bastava ver as notícias na televisão ou ouvir a rádio?
- Bem... não...
- Porquê? Não reparaste que a televisão e a rádio dão as mesmas notícias? E mais actualizadas...
- Mas os jornais devem explicar melhor.
- Então, por que não explicam?
- Talvez porque não saibam nem possam...
- Mas é suposto.
Mas se as notícias são da véspera e vêm pouco ou nada explicadas, para que compras o jornal?
Porque gosto! Pronto!
Nota: Em 1992 havia cerca de 3.000 jornalistas. Actualmente são mais de 8.000, resultado do enorme débito de licenciados em cursos de jornalismo, comunicação e afins, e que, nem ao aumento do número de meios de informação consegue absorver. Esta situação tem vindo a degradar os salários da classe e implicado uma forte redução da qualidade noticiosa, devido à maior percentagem de jornalistas com pouca experiência, a quem não é possível nem viável dar o acompanhamento formativo como o que antigamente se fazia. Acresce à situação que muitos dos novos jornalistas saltitam de estágio não remunerado em estágio não remunerado, ou, na melhor das hipóteses, de estágio mal remunerado em estágio mal remunerado. Obviamente que os jovens jornalistas são vítimas e não culpados. Portanto, existe excesso de mão-de-obra, menor experiência profissional, reduzida formação prática e situações de mão-de-obra escrava. Para se ter uma ideia, no início da década de 1990, uma colaboração de uma página era paga, em média, a 25 contos (125 euros) líquidos, enquanto actualmente varia entre os 50 e os 100 euros brutos.Todos os ganhos na produção dos jornais não reverteram a favor das redacções, mas apenas para a produção e para os departamentos finaceiros. Antigamente os jornais fechavam as edições mais tarde, permitindo melhor e maior cobertura noticiosa, enquanto agora têm tendência para fecharem cada vez mais cedo, falhando actualidade e reduzindo o tempo para acrescentar valor à informação.
Porque gosto! Pronto!
Nota: Em 1992 havia cerca de 3.000 jornalistas. Actualmente são mais de 8.000, resultado do enorme débito de licenciados em cursos de jornalismo, comunicação e afins, e que, nem ao aumento do número de meios de informação consegue absorver. Esta situação tem vindo a degradar os salários da classe e implicado uma forte redução da qualidade noticiosa, devido à maior percentagem de jornalistas com pouca experiência, a quem não é possível nem viável dar o acompanhamento formativo como o que antigamente se fazia. Acresce à situação que muitos dos novos jornalistas saltitam de estágio não remunerado em estágio não remunerado, ou, na melhor das hipóteses, de estágio mal remunerado em estágio mal remunerado. Obviamente que os jovens jornalistas são vítimas e não culpados. Portanto, existe excesso de mão-de-obra, menor experiência profissional, reduzida formação prática e situações de mão-de-obra escrava. Para se ter uma ideia, no início da década de 1990, uma colaboração de uma página era paga, em média, a 25 contos (125 euros) líquidos, enquanto actualmente varia entre os 50 e os 100 euros brutos.Todos os ganhos na produção dos jornais não reverteram a favor das redacções, mas apenas para a produção e para os departamentos finaceiros. Antigamente os jornais fechavam as edições mais tarde, permitindo melhor e maior cobertura noticiosa, enquanto agora têm tendência para fecharem cada vez mais cedo, falhando actualidade e reduzindo o tempo para acrescentar valor à informação.
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