digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
sexta-feira, julho 31, 2009
quinta-feira, julho 30, 2009
quarta-feira, julho 29, 2009
terça-feira, julho 28, 2009
Valha-me um santo qualquer

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Nota: Só para dizer que outro dia serviram-me Porta da Ravessa e questionaram-me, amavelmente, se não era bom. Ainda era para ter vindo Esteva, mas aí guardei a educação no saco e disse que preferia água.
segunda-feira, julho 27, 2009
domingo, julho 26, 2009
Fazer chorar as pedras da calçada
Não me apetece música com refrão. Nem dias de Sol sem praia. Nem namoradas invisíveis. Nem amigas coloridas. Nem amigas imaginárias.
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Deixei os meus dias na década de oitenta. Perdi a inocência na década de noventa. Perdi as ilusões na primeira década do século. Serei absolutamente adulto na segunda decúria. Sem saber o que fazer da vida. Como todos, sem saber da vida.
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Já não vou a festas na praia nem tenho convites para todas as celebrações da cidade. Perdi uma fortuna em coisas sem sentido. Estou na recta para um infinito, retroceder não é opção e a esperança uma ausência. Um rádio mudo no oceano.
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Tenho a cabeça onde a deixei há uma década. Tenho inveja dos anos antes e nostalgia pela adolescência. Sem senhora nem escrava ou parceira.
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Não me apetece música com refrão e já não se usa sem. No Verão sem praia, sem futuro na cidade e sem vontade.
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Mais uns meses e terei a idade sem retorno para ser adulto pelo padrão moderno. Há muito que poderia ser pai. Mas a vida. Mas a vida. E até agora para chegar à maturidade. Toda esta vida. Uma vida de refrões. De lugares-comuns. De objectivos. De fracassos. O zero quase absoluto. Nem no zero!
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Deixei os meus dias na década de oitenta. Perdi a inocência na década de noventa. Perdi as ilusões na primeira década do século. Serei absolutamente adulto na segunda decúria. Sem saber o que fazer da vida. Como todos, sem saber da vida.
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Já não vou a festas na praia nem tenho convites para todas as celebrações da cidade. Perdi uma fortuna em coisas sem sentido. Estou na recta para um infinito, retroceder não é opção e a esperança uma ausência. Um rádio mudo no oceano.
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Tenho a cabeça onde a deixei há uma década. Tenho inveja dos anos antes e nostalgia pela adolescência. Sem senhora nem escrava ou parceira.
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Não me apetece música com refrão e já não se usa sem. No Verão sem praia, sem futuro na cidade e sem vontade.
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Mais uns meses e terei a idade sem retorno para ser adulto pelo padrão moderno. Há muito que poderia ser pai. Mas a vida. Mas a vida. E até agora para chegar à maturidade. Toda esta vida. Uma vida de refrões. De lugares-comuns. De objectivos. De fracassos. O zero quase absoluto. Nem no zero!
Diálogo
sábado, julho 25, 2009
sexta-feira, julho 24, 2009
quinta-feira, julho 23, 2009
quarta-feira, julho 22, 2009
terça-feira, julho 21, 2009
segunda-feira, julho 20, 2009
domingo, julho 19, 2009
Labirinto

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Nota: Pensei também ilustrar o texto com uma imagem do Palácio da Bacalhôa. Podia ter sido.
sábado, julho 18, 2009
Longe

Estou a doze mil milhões de palavras dum estado qualquer de felicidade. Analfabeto e mudo, vou conscientemente arranjando composições de sílabas. Nem de três palavras terei sido capaz. Esmagado, arranjo escusas para a não desistência e invento metas para estabelecer o final das tentativas. Chama-se a isto amor à vida? Não, apenas preguiça de ir à morte.
sexta-feira, julho 17, 2009
Deserto para sair de mim
Ela acompanha-me sempre como um anjo ou um demónio. Está quando me esqueço e quando me lembro faz-me sinal para me lembrar mais. Já fugi e desisti. Apertei e soltei os sentimentos e lembranças. Penso que faz parte de mim como um braço ou o fígado. Um amor que rejeita o corpo. Um amor vampírico, liana oportunista, sanguessuga. Fui muitas vezes para longe, mas a carga que levei voltou. No silêncio dos retiros, a voz dela eleva-se e apresenta-se insinuando-se. Na confusão e no burburinho choca de frente e aperta-me os olhos e coração. Já fugi e desisti muitas vezes. Fugir de mim não resolve. Sei que mesmo desistindo de mim ela estará comigo, como um anjo ou um demónio. É ora maldição ora consolo. Já não existo sem ela, sua dor e contentamento.
quinta-feira, julho 16, 2009
Factos sem contestação
Há coisas que não se podem negar, como a de estar apaixonado por ti,
a de desmentir o amor por ti e a de negar o desmentido.
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Há palavras que não se dizem e outras que não se dizem por dizer. Outras ainda que nem a sonhar se dizem. Talvez murmuradas, em silêncio, ao ouvido de quem se ama e confia.
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Um dia verás que o que te digo é verdade. Pelo menos para mim, há unicórnios e bosques perfumados por flores exóticas e frutos de sabores conhecidos.
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Um dia se atravessará o rio dos desafios, entre as duas margens do sonho. Terras de céu lilás e azul profundo. Céu de constelações e noites eternas de olhos acordados.
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Há coisas que não se podem negar e outras que não se conseguem provar. Sem a oportunidade fica a verdade por dizer. Os beijos por dar magoam tanto quanto os que se deram em sacrifício e contrafeitos. Beijos suspensos da palavra.
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Um dia, num futuro suspenso no espaço-tempo, projectado no planetário por caleidoscópio, a verdade revelar-se-á. Há coisas que não se podem negar. Não há palavras que fiquem por dizer, beijos por dar ou segredos por revelar.

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Há palavras que não se dizem e outras que não se dizem por dizer. Outras ainda que nem a sonhar se dizem. Talvez murmuradas, em silêncio, ao ouvido de quem se ama e confia.
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Um dia verás que o que te digo é verdade. Pelo menos para mim, há unicórnios e bosques perfumados por flores exóticas e frutos de sabores conhecidos.
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Um dia se atravessará o rio dos desafios, entre as duas margens do sonho. Terras de céu lilás e azul profundo. Céu de constelações e noites eternas de olhos acordados.
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Há coisas que não se podem negar e outras que não se conseguem provar. Sem a oportunidade fica a verdade por dizer. Os beijos por dar magoam tanto quanto os que se deram em sacrifício e contrafeitos. Beijos suspensos da palavra.
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Um dia, num futuro suspenso no espaço-tempo, projectado no planetário por caleidoscópio, a verdade revelar-se-á. Há coisas que não se podem negar. Não há palavras que fiquem por dizer, beijos por dar ou segredos por revelar.
quarta-feira, julho 15, 2009
terça-feira, julho 14, 2009
Dias abrasivos, amores

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Há amores para guardar. Tenho amores para esquecer. Se são para esquecer é porque insistem em lembrar-se. Quendera poder lavar a cabeça por dentro e de lá tirar todos os dias infelizes.
Há amores para guardar. Tenho amores para esquecer. Se são para esquecer é porque insistem em lembrar-se. Quendera poder lavar a cabeça por dentro e de lá tirar todos os dias infelizes.
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Fico esquecido tentando ser lembrado. Do que preferem não lembrar. Apesar da infelicidade ainda tenho a ilusão da felicidade. E a esperança de que alguém tenha sido feliz comigo.
Letra Z

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Nota: Reparem como é medonha esta pintura... e o gajo é profissional das artes!... Parecem as pinturas da Dona Eulália, que é muito esforçadinha e aplicada, primorosa e apaixonada, muito empenhada no seu curso de pintura por correspondência. Se gostarem muito e manifestarem interesse posso mandar-vos por email. Não as apago todas, porque, um dia, pode vir a dar jeito... como agora.
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Nota: Reparem como é medonha esta pintura... e o gajo é profissional das artes!... Parecem as pinturas da Dona Eulália, que é muito esforçadinha e aplicada, primorosa e apaixonada, muito empenhada no seu curso de pintura por correspondência. Se gostarem muito e manifestarem interesse posso mandar-vos por email. Não as apago todas, porque, um dia, pode vir a dar jeito... como agora.
segunda-feira, julho 13, 2009
domingo, julho 12, 2009
Letra W

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Nota 1: Como vêem, repus a justiça e postei uma letra «W», ainda que fora da ordem. Reparem também que se passou domingo e segunda-feira sem que tivesse aparecido o que quer que fosse... mas... por magia apareceu a posta como se tudo se tivesse passado de forma católica.
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Nota 2: Reparem como este quadro é pavorosamente piroso e até naïf.
sábado, julho 11, 2009
sexta-feira, julho 10, 2009
quinta-feira, julho 09, 2009
Palavras
Em que ficamos?
quarta-feira, julho 08, 2009
terça-feira, julho 07, 2009
Vaidade
Sonhar mentiras
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Nota: Este quadro já tinha sido postado, mas neste contexto teve mesmo de ser. Esta reprodução é também melhor que a anterior.
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