Tenho a cabeça colada num passado por ultrapassar. Como num labirinto sem mapa, escuro e insonoro. Como uma perversão sexual. Como uma orgia. Como uma fantasia dramática. Lá fora pode estar sol. Dentro das paredes deste palácio não se vêem facilmente os jardins. Lá fora, há outro labirinto, de sebes. Há a sombra de laranjeiras e a visão do olival. Contudo, estou fechado, preso no labirinto do passado e ao desejo de ficar, esperando que a saída me encontre.
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Nota: Pensei também ilustrar o texto com uma imagem do Palácio da Bacalhôa. Podia ter sido.
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