Tenho um buraco na neura.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
domingo, novembro 30, 2008
sexta-feira, novembro 21, 2008
Can can
Foi há um ano ou dois e mais uns meses. Estavas feliz e eu, triste, estava feliz. Havia Champanhe ou imitação alegre de espumante. Depois acabou. Foste e fiquei. Ficaste e fui. Sonho-te triste, mas estarei errado. Estou ainda triste, mas agora não estou feliz. Às vezes sonho-te, apenas acordado. Ainda outro dia te mandei uma mensagem, não respondeste.
Caça - natureza (mesmo) morta
Foi de manhã. Acordei, mas fui incapaz de ir. Foi de manhã, acordei. Acordei e tentei descobrir a nudez da prima pela frincha da porta. Acordei, levantei-me infeliz, por ter perdido a viagem e a nudez da prima. Mais tarde, à noite, vi o que perdi. Não perdi nada, apenas cadáveres que haveríamos de comer.
quinta-feira, novembro 20, 2008
Uma estória com gatos
Na verdade tem um gato: um gato que não existe, com quem fala telepaticamente. Já teve talvez dois, mas é o mesmo, sempre permissivo quanto à liberdade. À sua e à dos felinos.
Conheci-o ainda antes de conhecer o Indiana Jones, a quem plagiou o chapéu que outrota fora da Polícia Montada canadiana. Só admirava o herói em segredo, para si, por isso mesmo deixava que o confundissem como um alter-ego. Na verdade, sempre foi mais outro herói.
Nunca o tomei como falador com animais, muito menos com pássaros... nem tampouco bucólico. Porém, tem alma marinheira sem nunca o ter sido. Por prazer do risco e da aventura. Alguns sustos controláveis.
Por tudo isso, inclusivamente por causa do seu gato telepata, que o admiro. Há mais razões, mas estas bastam. Outras aqui seriam inibidoras e reveladoras de intimidades de muitos anos. Gosto dele. É um grande amigo.
Nota: Dedicado ao SGC.
Conheci-o ainda antes de conhecer o Indiana Jones, a quem plagiou o chapéu que outrota fora da Polícia Montada canadiana. Só admirava o herói em segredo, para si, por isso mesmo deixava que o confundissem como um alter-ego. Na verdade, sempre foi mais outro herói.
Nunca o tomei como falador com animais, muito menos com pássaros... nem tampouco bucólico. Porém, tem alma marinheira sem nunca o ter sido. Por prazer do risco e da aventura. Alguns sustos controláveis.
Por tudo isso, inclusivamente por causa do seu gato telepata, que o admiro. Há mais razões, mas estas bastam. Outras aqui seriam inibidoras e reveladoras de intimidades de muitos anos. Gosto dele. É um grande amigo.
Nota: Dedicado ao SGC.
quarta-feira, novembro 19, 2008
sexta-feira, novembro 14, 2008
Deus-homem
Mínima respiração. O ser quase inocente de dias frágeis, sem limite nem data para falecer. Existir por existir, pela vontade maior de quem cria. A imitação do grande sopro de Deus. A ternura devida às coisas pequenas e vivas.
segunda-feira, novembro 10, 2008
Oceano portátil
O meu aquário de águas revoltas está na linha do olhar. Afundo olhar com as aves mergulhadoras que desejo e ouço de olhos abertos. No azul sereno atrás do vidro, nos dias lúcidos de ócio, sou anémona ou medusa. Voo da película espumosa à casa abissal. Dias de agitada tranquilidade, uma memória de útero. Sem outro destino-vontade que o de respirar na água. De águas revoltas, porque assim o quer o meu olhar.
sexta-feira, novembro 07, 2008
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