digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Oceano portátil

O meu aquário de águas revoltas está na linha do olhar. Afundo olhar com as aves mergulhadoras que desejo e ouço de olhos abertos. No azul sereno atrás do vidro, nos dias lúcidos de ócio, sou anémona ou medusa. Voo da película espumosa à casa abissal. Dias de agitada tranquilidade, uma memória de útero. Sem outro destino-vontade que o de respirar na água. De águas revoltas, porque assim o quer o meu olhar.

1 comentário:

Anónimo disse...

...numa tarde mais fria ver o Sol pôr-se e as gaivotas a deambular por cima das ondas...