digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
segunda-feira, junho 30, 2008
quinta-feira, junho 26, 2008
Queda
Depressa tem sido. Abrupta queda. Contínua queda. Os desvios da vida. De tanto desviar já não sei onde a tenho, para onde vou, onde era suposto estar. Sequestrado na vida, caio. Até ao embate final. Que não se diga nada, é a minha vida.
quarta-feira, junho 25, 2008
Fantasmagoria
O meu amor é fantasma. Vivo com fantasmas entre paredes de solidão. Um mundo a preto e branco feito de memórias, ressentimentos distantes e encantos antigos. À noite como de dia, almas perdidas visitam-me. Deitado, oiço-as indiferente, proferindo orações com pouca convicção. Pouco me importa. Pouco me importam os dias. Acordo sobressaltado a meio das noites. Acordo nas noites para ver quantas horas ainda me faltam dormir até ao matutino despertar. Fantasio com o dia da minha morte e pouco me importam os outros, os que ficam. Vivo entre fantasmas, mesmo sem a batida compassada do pêndulo de relógio. De noite como de dia, vivo com as batidas e rangeres. Ranjo os dentes. Arrepio-me. Desisto e deixo-me ficar com os fantasmas, indiferente.
segunda-feira, junho 23, 2008
Aos beijos por dar durante um tempo
domingo, junho 22, 2008
terça-feira, junho 17, 2008
De cá para lá
Na verdade, não sou de cá nem tenho vontade de ficar. Sou de mais além. Estou quase de ir... mais cinco minutos ou cinco anos.
quarta-feira, junho 11, 2008
Morrer do amor
Sobre ti, deito-me com luxúria. Deitada, recebes-me com indiferença. Não há modo de mudar de corpos nem de pensamentos. A vida a dois é sempre um quarto escuro. Os corações pedem um pelo outro, mas olhos e bocas não se tocam ou tocam na penumbra ou tocam na rotina. Não é morrer de amor, é o morrer do amor.
sábado, junho 07, 2008
Dias gastos
Como foste fatal!... Agora vives no Inferno da tua vaidade, consumida pela ilusão dos espelhos e enganada pela memória dos dias breves e intensos. Quando reparares que a vida passou breve e inútil terás, então, as dores, estarás viva ou morta; tanto faz, é uma questão de tempo. mas no teu ideal já morreste, apenas não deste conta.
Velocidade bela
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