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digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
domingo, janeiro 31, 2016
sábado, janeiro 30, 2016
sexta-feira, janeiro 29, 2016
quinta-feira, janeiro 28, 2016
quarta-feira, janeiro 27, 2016
terça-feira, janeiro 26, 2016
segunda-feira, janeiro 25, 2016
domingo, janeiro 24, 2016
sábado, janeiro 23, 2016
sexta-feira, janeiro 22, 2016
quinta-feira, janeiro 21, 2016
quarta-feira, janeiro 20, 2016
terça-feira, janeiro 19, 2016
segunda-feira, janeiro 18, 2016
Aquela segunda-feira – Enforcado no Sete
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Aquelas segundas-feiras de estômago e coração, saturados e
não desistentes de mandar calar a cabeça que também se ordenava ao silêncio.
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Aquelas segundas-feiras depois das férias da Páscoa, quando
se voltava a encarar a miúda, a mais gira da escola, por quem se. Quinze dias
de sonho de coragem e de imaginação do perfume do seu champô. E que se faria
se. Se qualquer coisa que partisse a vitrina e para lhe declarar, no medo
suicida, a ingenuidade.
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Aquelas segundas-feiras dos testes de matemática, no último
tempo do horário escolar. Semanas de angústia, sexta-feira de desespero, dois
dias de suores, a manhã eterna e o sinistro.
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Estas segundas feiras sem fundo, de olhar e não ver o
reflexo duma moeda no bolso. Estas segundas-feiras do extracto bancário de
igual valor ao que se conseguia nos testes de matemática.
domingo, janeiro 17, 2016
sábado, janeiro 16, 2016
sexta-feira, janeiro 15, 2016
quinta-feira, janeiro 14, 2016
quarta-feira, janeiro 13, 2016
terça-feira, janeiro 12, 2016
segunda-feira, janeiro 11, 2016
domingo, janeiro 10, 2016
sábado, janeiro 09, 2016
sexta-feira, janeiro 08, 2016
quinta-feira, janeiro 07, 2016
terça-feira, janeiro 05, 2016
segunda-feira, janeiro 04, 2016
domingo, janeiro 03, 2016
sábado, janeiro 02, 2016
Por lá para lá
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Atravessar a rua, entrar na casa nova e deitar-me esperando,
já que esquecido, perdendo-me ainda, avante à retaguarda. Receio o
frio, hesito uma vez mais.
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Já que o Diabo não existe, que se desapegue o Anjo e
possa ir ter com ele.
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Nota: Fotógrafo não identificado. Quem souber do seu autor, informo-me para que possa atribuir os créditos.
Cinema, filmes da vida
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Quero ver pela primeira vez «As Asas do Desejo» e regressar
na contagem de «Europa», deixar «Nosferatu» e.
Vénus em Capricórnio
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Esse sorriso, apenas Vénus. Logo depois, vens e se a Deusa
se conjuga com Capricórnio, o desejo sobe até onde nem as montesas trepam.
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Nota: Vénus em Capricórnio é também o título da obra plástica.
O Tigre
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Quero ser comido por um tigre. Um tigre que tire da jaula e
tenha o impulso que, por vezes, os gatos têm. Não se jogue à jugular, mas dê
a honra de alcançar o coração batente com uma só e completa dentada – como se
tivesse as mandíbulas das máquinas que colhem terra. E com essa que me cubram.
E nela se espoje saciado e impunido, impunível, ronronando pelo favor e pela
injustiça.
sexta-feira, janeiro 01, 2016
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