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Aquelas segundas-feiras de estômago e coração, saturados e
não desistentes de mandar calar a cabeça que também se ordenava ao silêncio.
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Aquelas segundas-feiras depois das férias da Páscoa, quando
se voltava a encarar a miúda, a mais gira da escola, por quem se. Quinze dias
de sonho de coragem e de imaginação do perfume do seu champô. E que se faria
se. Se qualquer coisa que partisse a vitrina e para lhe declarar, no medo
suicida, a ingenuidade.
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Aquelas segundas-feiras dos testes de matemática, no último
tempo do horário escolar. Semanas de angústia, sexta-feira de desespero, dois
dias de suores, a manhã eterna e o sinistro.
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Estas segundas feiras sem fundo, de olhar e não ver o
reflexo duma moeda no bolso. Estas segundas-feiras do extracto bancário de
igual valor ao que se conseguia nos testes de matemática.
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