digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, janeiro 18, 2016

Aquela segunda-feira – Enforcado no Sete

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Aquelas segundas-feiras de estômago e coração, saturados e não desistentes de mandar calar a cabeça que também se ordenava ao silêncio.
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Aquelas segundas-feiras depois das férias da Páscoa, quando se voltava a encarar a miúda, a mais gira da escola, por quem se. Quinze dias de sonho de coragem e de imaginação do perfume do seu champô. E que se faria se. Se qualquer coisa que partisse a vitrina e para lhe declarar, no medo suicida, a ingenuidade.
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Aquelas segundas-feiras dos testes de matemática, no último tempo do horário escolar. Semanas de angústia, sexta-feira de desespero, dois dias de suores, a manhã eterna e o sinistro.
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Estas segundas feiras sem fundo, de olhar e não ver o reflexo duma moeda no bolso. Estas segundas-feiras do extracto bancário de igual valor ao que se conseguia nos testes de matemática.

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