digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, outubro 15, 2006

Estranhezas

Estou disfuncional e levaram-me as palavras de sexta-feira. Não foi censura foi a traça. Como de fruto sou feito, ando sensível e passo-me com facilidade, os açúcares chamam bichos e na idade madura depressa estou demasiado. O que estava aqui, de sexta-feira, deixou de prestar e agora está um novo, que pede quase o mesmo, com igual doçura e a mesma cara de asno. As palavras de fruta duram o que duro, porque são minhas e por isso dizem o mesmo que eu. Não são diferentes de mim, não sou outra coisa que não elas, mudo quando mudam, sou a sua contradição e diversidade. Estou disfuncional e estava aqui de sexta-feira e fui. Estou outro, mas com a mesma cara de asno, feito com doçura de fruta e perecível. Sempre a tempo de ser consumido, sempre a tempo de passar-me.

2 comentários:

Anónimo disse...

:) estás maravilhoso como sempre

Anónimo disse...

E eu pasmo-me com a tua capacidade de renovação. É maravilhoso ler-te! Beijo azul :)