digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Dor nas costas

Preciso de esticar as costas e de me livrar desta dor que me faz pender e contorcer. A humidade dos dias não é igual à dos meus olhos e juntas fazem pequenos rios pelo meu rosto e corpo, alimentando-me a pele e secando ao ar.
Deixo-me ficar e permito que a mim se encostem para receber calor e conforto. Será isso carinho? Em mim há aguezas e momentos ásperos que aleijam. Serei um selvagem?
Preciso de esticar as costas e deitar-me. Não aguento a dor que me curva as costas e tende a humilhar-me. Gosto das correntes de água, mas não das de ar. Gosto de vento na cara e ter o cabelo a voar. Não onde está o limite e se souber não sei se o respeito. Sou capaz de dar um passo além da falésia.

1 comentário:

Anónimo disse...

'A humidade dos dias não é igual à dos meus olhos e juntas fazem pequenos rios pelo meu rosto e corpo, alimentando-me a pele e secando ao ar' - escreves de uma forma que me deleita. Gosto(-te) tanto!