Preciso de esticar as costas e de me livrar desta dor que me faz pender e contorcer. A humidade dos dias não é igual à dos meus olhos e juntas fazem pequenos rios pelo meu rosto e corpo, alimentando-me a pele e secando ao ar.
Deixo-me ficar e permito que a mim se encostem para receber calor e conforto. Será isso carinho? Em mim há aguezas e momentos ásperos que aleijam. Serei um selvagem?
Preciso de esticar as costas e deitar-me. Não aguento a dor que me curva as costas e tende a humilhar-me. Gosto das correntes de água, mas não das de ar. Gosto de vento na cara e ter o cabelo a voar. Não onde está o limite e se souber não sei se o respeito. Sou capaz de dar um passo além da falésia.
1 comentário:
'A humidade dos dias não é igual à dos meus olhos e juntas fazem pequenos rios pelo meu rosto e corpo, alimentando-me a pele e secando ao ar' - escreves de uma forma que me deleita. Gosto(-te) tanto!
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