digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, maio 07, 2019

Espelho

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Se voltasse voltava para não voltar a sentir-me assim como me sinto, volta-não-volta, por me voltarem, à cabeça, dias que estraguei.
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Que vergonha!
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Como me posso vestir sem ver ao espelho? Como me posso ver com a memória? Porque, não há volta a dar. Como me posso vestir sem ver ao espelho. Como me posso ver com a memória.
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Disso tudo, saboreio as canções. Do resto.
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Resta-me saber o bom e entristecer do mal.
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Sinceramente, não se ralam – quase certezo.
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Sei, lembro-me e envergonhado.
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Não há volta a dar.

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