digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, dezembro 01, 2017

Lisboa

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Mais tarde escreverei o cacilheiro, barco que vê quem não entende a luz de Lisboa.
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Um dia voltarei aos telhados e às colinas.
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Um dia voltarão os seus céu-azul e cinzento-chuva.
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Creio na Lisboa-nossa vencendo as margens.
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Porém, a voz não volta.
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Se este coração chega para todos, algum restará para nós.

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