digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, novembro 28, 2017

De cantar

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Lamento, não sei escrever versos bonitos, nem versos, só poemas de tormento para o silêncio de todos, da impotência ao sofrimento.
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Lamento, dificilmente consigo rimas e frequentemente esqueço-me da métrica.
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Lamento, mas não sei como me cantarem nem invejo.
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Lamento, nem quero, digam arrogância – aquela do fracasso.
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Lamento os meus poemas de amor, fracos para a cama.
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Lamento, o que me interessa não simpatiza a ninguém.

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