digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, março 13, 2017

Rio de duas correntes

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Há o sonho e os sonhos, às vezes o mesmo. Assim a mentira e a verdade quando desejar e não querer são do medo e da coragem temerária.
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Se soubesses, conheço-te o corpo todo, por mãos e boca, e de mim tens tudo. Há o espelho mágico por onde vens e vou, à noite, para fazermos amor e dizermos.
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Antes do Sol nascer, antecipando o desadormecer, fugimos. Fica um país entre nós, a linha de montanhas, a floresta cobrindo a luz e um rio de duas correntes, da água espelhada, por onde nos chegamos.

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