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Tenho elixir que faz do esquecimento uma fotografia e do
retrato uma lembrança dum tempo sem ter existido. Quando me calam e não oiço,
sei de estar e feito, um consolo tão longe, como aos dezasseis anos o primeiro sentir
dum peito de menina. O que fizeste e dei é como esse dia, não fosse a memória uma
utopia. Soprando levantam-se as pétalas, o tremor da paixão ardida no escuro
sem ter tido a luz. Um dia, no engano involuntário do carma, abre-se a caixa das
surpresas e nasce a claridade.
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