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Se não te tivesse escrito poemas todos os dias, ou se tos
tivesse escrito, não me querias mais do que agora, não te despiria tanto e, por
todo o corpo, em espírito te tomando.
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Imagino-nos no resto duma noite, num jardim florestal e
exótico, no frio orvalhado tremendo, de olhos vermelhos incapazes de ver o
amanhecer, ficando o abraço e os lábios, conclusão da transgressão e das
palavras.
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Acordo antes de saber e sinto vergonha por te dizer. Por isso
escrevo-te poemas, ninguém acredita em poetas.
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