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A música e o vinho vieram de noite, até ao primeiro beijo de
transgressão entre os ébrios.
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Uns caíram sem loucura e outros como os salmões nos ribeiros.
Nem todos adormeceram, descalços na pedra dos degraus ficaram esperando alguma
coisa.
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Ainda sem luz e o já perdido o escuro. A fruteira dá fruta
todo o ano e a videira trepa pela parede. Vêem-se as montanhas para lá da
floresta e o jardim demora-se a acordar.
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Descalços na pedra dos degraus quietaram-se hipnotizados, em
esforço de ficar ou dormir.
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Do vinho e do amor à ressaca e ao arrependimento. O frio
subtil anuncia a hora. Logo mais tarde.
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