digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, março 12, 2017

Dias de depois

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A solidão do amor que resta, sem dono nem liberdade, não passa nem depois dos lençóis se lavarem e a janela ter soprado o suor. Os passos finais não deixam pegadas, mas as paredes guardam segredo e silêncio. O fantasma sem cadáver assombra além do medo de se perder o perdido. Quantas palavras ficam por dizer e tantas mais se inventam. Não há noite nem dia.

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