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Anteontem da semana passada ao acordar para a insónia, abri
uma porta fechada sem me lembrar. É outra casa, igual e vazia, aberta bastando rodar
a maçaneta.
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A vidência mostra ser soalheira no Inverno e fresca no
Verão. O pó do vazio molda as horas, desce a luz e arrefece.
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A dormência no lado de dentro da cabeça, como se eu fosse
imóvel de mármore, quase me desencarna.
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Cruzo paredes, reconheço o meu quarto, a cortina, a cama e a
porta. Rodando o puxador chega-se ao sono.
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