digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, março 10, 2017

Outra casa

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Anteontem da semana passada ao acordar para a insónia, abri uma porta fechada sem me lembrar. É outra casa, igual e vazia, aberta bastando rodar a maçaneta.
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A vidência mostra ser soalheira no Inverno e fresca no Verão. O pó do vazio molda as horas, desce a luz e arrefece.
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A dormência no lado de dentro da cabeça, como se eu fosse imóvel de mármore, quase me desencarna.
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Cruzo paredes, reconheço o meu quarto, a cortina, a cama e a porta. Rodando o puxador chega-se ao sono.

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