digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, janeiro 28, 2017

Champô para cabelos louros

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Sol é meio-dia Sul manhã Campo Branco retiro de mau-amor. No caminho, o perfume do champô que lhe imaginei, o verde molhado do lado de fora do expresso, igual ao anúncio e ao rótulo, o ramalhete que lhe queria e acobardei, a colecção das falas. Sabia-a perdida e de não haver pontes, só olhos azuis e cabelo louro. Não tinha nada para lhe dizer.
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Nota: Teria quinze ou dezasseis anos e fui a Castro Verde esquecer a Isa, que nunca esqueci nem voltei a por ela me apaixonar.

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