digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, janeiro 28, 2017

A esperança

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Nesses anos havia esperança. Não como a infância.
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O polegar e o indicador depois de apagarem um fósforo. Contemplando-os num dia ensolarado, numa traseira com quintal e gatos, sem tempo nem momento para o ter, num outro lugar e sem saber de música, que acrescentei depois, por nela em génese, agarrando-se à certeza.
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A esperança oculta-se depois da vitória e amarga no só.
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Por isso largar e, se não puder, omitir, basta-me a vergonha de perder.
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Fica fora da cidade e os gatos passam fantasmas.

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