digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, outubro 18, 2016

Café e cigarros

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No escuro sob os lençóis e invisível a pele é remoinho de cair em cores sem nome e palavras sem semântica. Além do aroma sobejante do cataclismo  e das palavras que a elas faltam e a ele sobejam.
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Que estupidez isso da pele. Qual o tom certo se não existe errado e ainda ao longe um nó meio engolido em silêncio.
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Que estupidez isso dos lábios molhando-se e as línguas trocando salivas.
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Que estupidez ser-se animal.
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Que tristeza não o ser.

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