digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, setembro 12, 2016

Rios

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Às escuras se chora, sabemos, e à chuva também se secam as lágrimas.
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O resto são sobras, feitas de horas, feitas de dias.
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Fora da casa fechado sob o tecto de céu, mistérios de partida e chegada.
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O claustro vazio. Nem arrepio, sem consolo. Só a chuva, não sei se fora ou dentro em mim.
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Na cabeça uma marcha solene digna de reis consolando numa ilusão de importância.
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A chuva rioando pela face e eu esperando acreditar num milagre.

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