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Quarenta e seis anos desanalfabetisando-me e não entendo as
coisas.
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Garganto-me, esboço de certeza em contradição do que sou e
estou, reflexo dos espelhos que me apontam, o único brilho, incinerando-me.
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Falares que riscos apagam sem resistência.
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Em permanente contramão viajando na velocidade de espiral de
matéria-negra. Sem travões e a crença-vontade infantil de que chegarei salvo.
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Criança insistente mas batida de passado e consciência,
ruído de incompreensão e injustiça – talvez verdades.
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