digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, setembro 07, 2016

Os dias

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Há tempo com futuro.
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Há tempo levado no mar das lágrimas. Vai o coração e sobram cabeça, estômago e fígado. É quando da injustiça e de raiva, a incompreensão com o sabor férreo do sangue e da espada acobardada.
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Está-se no quarto de dentro, assombrado num escuro, noites de reclusão e vigília falando com fantasmas e amigos imaginários. Dizem-se as verdades poupadas pela inutilidade.
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Há um tempo sem tempo, quando se sonha a infância e se ri do destino, provavelmente merecido.
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Haverá tempo para esquecer e o dia.

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