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Na alcatifa no chão duro e almofadas e quase nada sem horas sem
campainha sem telefone só nudez solitária dos solteiros e pipocas amendoins e
cerveja, coboiadas ao sabor da pólvora.
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Os bandidos mortos na dança de cair, com cigarro na boca e pó
todos só o cheiro não, e iguais.
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Que seria a vida sem fitas de cowboys e tardes antigas nos
cinemas de reposição e sessões contínuas onde primeiros beijos.
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Sem cerveja não haveria espaçonaves nem homenzinhos-verdes pistolas
de lazer portas de luz nem viagens sem distância e matéria e parte da vida.
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Que do cinema negro e série B de terror e erotismo sem
cerveja e segredo esquecendo o tempo.
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Só sem cigarros e haxixe e conversas inlembráveis e
respiração.
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Tudo resumido numa palavra de nudez silenciada em rios do
esquecer, pipocas amendoins e cerveja no escuro da luz da televisão sussurrando
para ninguém saber.
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Para ninguém e nem mesmo.
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Quando se vive como um rato resta morrer como um homem.
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Quando se não se sente nada é porque se sente tudo. Por
isso.
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