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De morte vou nos dias, sou a sombra e a sombra sobre mim se
debruça e a sombra a mim se agarra.
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As ruas e os lares são fora, vivo numa esfera translúcida donde
toda a vista se deforma e o som se imprecisa.
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Anseio uma loucura menos nítida para que passei a nudez e
diga alto palavras sonâmbulas.
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Se ao menos tivesse coragem para rir até me tomarem por
tolo, os que não sabem e os que deixam e os incertos.
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De tudo se pode vergonha e glória.
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Nota: Não consegui apurar a autoria do desenho. Quem o
souber, por favor, informe-me, de modo a poder atribuir os créditos de autoria.
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