digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, junho 25, 2016

Nesta luz

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Deveria existir um lugar onde se não existisse.
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Não aqui nem Olimpo nem Valhalla nem Paraíso nem Inferno nem Limbo nem Puragtório.
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Ou onde não houvesse memórias e por isso sem consciência.
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Ou fosse um sítio em que se não soubesse do amor, porque seria lugar de apenas amor e ainda riso sem moléstia.
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Aqui morrendo-me em aborrecimento em tédio em angústia em ansiedade em tristeza em negrume em fogo.
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Horas perdidas e dias infinitos nesta luz que cansa.

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