digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, junho 25, 2016

E outras lembranças do meu coração

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Por que me pedem diferença se escolhem igual? Podia enraivecer-me mas sou manso. Poderia puerilmente rir, sentidamente choro.
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Na frustração desistente ainda em incoragem ainda em lembrança ainda consciente. Bala remédio comboio lâmina rio.
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Que bem faço, quando olho há uma derrota. Desisto porque sou manso. Estendo a mão e afogo-me. Rio, bala remédio comboio lâmina.
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Escuridão sem sombra. Sangue sem derrame. Cabeça inválida. Lâmina rio bala remédio comboio.
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Não vou nem regresso. Fico aqui esperando Godot, esperando Deus. Uma luz passasse e saltando a segurasse indo. Comboio lâmina rio bala remédio.
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Nervo raiva silêncio. Traído desgraçado manso. Cego surdo ou nada para ver nem ouvir. Seja tanto-faz. Se não for por doença será sem vida. Remédio comboio lâmina rio bala.
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Podia uma corda se existisse árvore forte para a tristeza.
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Quando era pequenino queria ser calceteiro ou bombeiro ou soldado ou mendigo. Sou manso. Palhaço agradando – o rico, o patético.
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