digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Invoando na gaiola

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Quero ser o Herberto Hélder e o António Lobo Antunes, denso como mercúrio e negro como os buracos, por consumido pela infelicidade de Espanca e a incompreensão de Camões, mas sou um só, diferente do Pessoa.
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Quero morrer quando quiser e alguém que me leia e diga que valho a pena.
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O meu signo é Saturno e tenho ascendente em Mercúrio. Vivo na fase negra da Lua no seu lado escondido.
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Uma casa sem janelas nem fósforos, três gatas para abraçar e uma manta para me esconder do negrum, deitado no chão morno.
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Nota: Já tinha referido antes, escrevo «negrum», porque o «E» dá luz a «negrume».

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