digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, julho 16, 2015

Fiel e canino

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Cavaleiro andante, bravo, romântico e voluntarioso, com a frontalidade dos estúpidos e a mansidão dos indigentes de íntimo, fiel e canino, pelos seus daria o sangue.
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E houve o dia em que caí, o cavalo sobre mim galopou, e imóvel pela armadura.
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Nem manopla que segurasse o espeto depois de exigir clemência se a não pedisse. Nem manopla que espetasse impiedosa – afinal misericordiosa. Nem montada para partilhar, nem braço, nem capa.
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Pedro negou-o por três vezes. Quantas vezes mo fizeram?!
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Calado como os estúpidos. Calado para não perder quem me deu por perdido. Fiel e canino.

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